Suga até o infinito e engole pra fora, enquanto tenta juntar as suas sobras com as mãos porosas.
É bonito de se ver, é bonito minha gente!
O quadril sacode com o desespero e o desajeito, que primor!, desce gostoso até o chão, vagabundo. Requebra o
orgulho em
mil partículas liberadas ao vento, como serpentinas sobre todos os que estão dançando com os pés amarrados, olhando agradecidos ao sol que lhes deságua na cara o suor de suas conquistas, tão duramente à clava forte. Anália morde sua cocada, explosão de açúcar sobre os monumentos de nossos militares, cicatrizes esquecidas no lugar de honra, sobre a desgraça que esse povo tem sob os pés, escorrida e pisada aos pulos de prazer.
Lego Augusto pediu para acordá-lo quando o vinho estiver doce, pois ele sonha ao som dos gritos, deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo. Lugar de honra para o Lego Augusto! Deixem-no cantar na avenida a sua história, uma vida inteira
feita de blocos, dinamarquesamente se esfregando pelas avenidas, caras pintadas que nunca mais se viram: ficaram na História, às margens plácidas dos monumentos de nossos militares. Todas as canções se acumulam agora, imiscuídas nos interstícios dos blocos que constituem esse grande edifício da nação. É bonito de se ver essa
que vamos erguendo sobre os nossos bosques (têm mais vida!), sob a orientação zelosa de Jim Nashe e Jack Pozzi. O líquido da vida ferve a desinfetar-nos, a nós que ali nos afogamos. Nosso estandarte, esse lábaro estrelado atômico, ilumina-nos até a cegueira. De volúpia se enchem os pulmões e de alívio se esvaziam os gritos ao sermos levados pela tsunami de amor hashtag insuportavelmente felizes. Já tudo está coberto agora, nada escapou ao nosso fluir: estamos grudados por anos-luz que nos separam, somos um universo em expansão irreparável.